sexta-feira, dezembro 21, 2007

Patrícia no mundo do jazz


Tudo começou há uns anos atrás quando passei do “não gosto de jazz” a passar a ouvir todos os dias músicas de jazz no youtube e a descobrir os caminhos do jazz. Quando pergunto a alguém se gostam de jazz todos me dizem: “ah! E tal! Não é um género que goste muito”. Pois bem ninguém pode ter o mesmo gosto musical, se não andávamos todos a cantarolar músicas pimba e isso seria um desastre. Mas normalmente quem me diz isso só ouviu uma ou duas músicas de jazz, o jazz não é todo igual, como acontece na música clássica ou outro género musical. É preciso procurar até encontrarmos um que gostemos. Eu confesso que não gosto de jazz fusão, que é o que a maioria do pessoal ouve e diz que o jazz é todo assim, é mentira. Eu também achei o mesmo quando ouvi. Mas como vos disse eu comecei a gostar de jazz há uns anos atrás quando uma amiga minha me enviou uma música lindíssima e a partir dai comecei a procurar. Do “não gosto de jazz” passei a “até gosto disto” e cada vez mais comecei-me a identificar com o género. Mas há 2 anos para cá, comecei a ouvir Jamie Cullum, eu sei que o estilo dele é uma mistura de pop com jazz mas eu gosto porque é um estilo que chega a todos e ele consegue fazer grandes solos lá pelo meio e o que mais me cativa é a energia dele em palco. Confesso que gosto mais de jazz com voz, principalmente feminina, mas existem músicas lindíssimas só instrumentais.
Comecei a pesquisar até que cheguei a Michel Camilo e muitos outros. Eu não costumo comprar muitos cd’s mas vou passar a comprar, por vezes os cd’s são caros e para quem gosta de música e quer estar sempre actualizado é mais fácil ir ao youtube e passar horas a fio a ouvir. Mas há 1 ano para cá que o meu interesse pelo jazz tem aumentado e de “até gosto disto” passei a “eu identifico-me mesmo com este género”. O meu gosto foi aumentando até que desejei aprender a tocar. Apesar de ter pensado sempre que o jazz era super difícil de ser tocado, até mesmo sendo pior do que tocar música clássica. Comecei a procurar livros que me ensinassem alguma coisa, livros de Bill Evans e de outros músicos, que ensinavam como tocar jazz e blues. Apesar de preferir ter aulas com alguém que percebesse mesmo daquilo, até pensei ir ter aulas de jazz mas com quem? Já tenho o horário tão preenchido com a faculdade e o conservatório, que pensei que não iria dar. Até que por coincidência vieram ter comido a dizer que o Hot Clube ia dar aulas no conservatório se eu não queria participar, eu nem queria acreditar! Fiquei por segundos a pensar “ mas que raio, como é que eles vêm cá? Ah?” ainda nem percebo como é que isto surgiu logo na altura que mais queria aprender a tocar jazz. Estava tão entusiasmada, que até fui trabalhar só para pagar as aulas de jazz, comecei a dar aulas de piano, já agora se alguém estiver interessado em ter aulas é só falar comigo (é preciso aproveitar o tempo de antena).
Até que chegou o momento de ter a minha 1ª aula de jazz. Ainda me lembro de todas as palavras que disse o presidente do Hot Clube, desde o 1º dia que absorvo tudo o que me dizem para não escapar nada. E houve uma coisa que ele disse que não esqueci e lembro-me muitas vezes disso, e por vezes é o que me faz não desanimar quando as coisas correm menos bem que foi o seguinte, dita mais ou menos por estas palavras “a 1ª aula pode correr muito mal, pode ser péssima, mas a 2ª já não vai ser tão má quanto a 1ª, vão melhorar de aula para aula, até que chegam a uma altura que vão tocar muito bem”. Claro que eu vi logo isso na 1ª aula, quando olhei para o piano e não sabia o que fazer e pensei espero que a 2ª seja melhor, e ele tinha razão a 2º aula não correu tão mal quanto a 1ª e vejo que de aula para aula vou melhorando. Eu não sou de desistir à 1ª dificuldade, por isso enquanto vir melhorias não vou desistir de uma coisa que adoro fazer. Para mais os professores são óptimos e dão-nos imenso apoio. Pelo que eles dizem evoluímos muito com poucas aulas. Bem, isso motiva-me e faz-me trabalhar ainda mais. Jazz é a junção das 2 coisas que mais gosto de fazer, que é compor e tocar piano. Aqui posso pôr um bocadinho de mim nas músicas, de certa forma compor a minha improvisação no momento. Passei anos a ouvir o que tinha que fazer quando tocava música clássica, para não dizer que as audições de piano são “super divertidas”, não sei como alguém consegue divertir-se a tocar aquilo e para mais sozinho. Finalmente, consigo divertir-me e sentir prazer a tocar piano, tocar com amigos e tocar na maneira que quero tocar. As aulas de piano ajudaram-me a ter técnica, mas a técnica não é tudo, se não fosse as aulas de composição, formação musical e agora de jazz, ia-me sentir mais pobre e para mais com mais dificuldades. Isto sim, diverte-me e preenche-me. Por isso agora estou na fase em que digo “eu adoro jazz”.

Até jazz ;)

sábado, outubro 06, 2007

Está tudo muito “baratas”

Não, não vou escrever sobre o preço da gasolina ou sobre os problemas financeiros do nosso país. Vou escrever sobre uns animaizinhos nocturnos e simpáticos: as baratas. Resolvi escrever sobre estes animaizinhos porque ultimamente vejo-os muito pelas ruas, nunca me tinha apercebido que elas andavam por aí. Elas andam a invadir o mundo e ninguém as pode deter. São silenciosas e completamente nojentas (só de escrever isto já tive que me coçar no mínimo umas 100 vezes). Eu tenho um certo pavor a estes bichos que não fazem mal nenhum. Sim, porque elas não fazem mal nenhum, não mordem e simplesmente fogem de nós. No meu caso nem precisam de fugir porque eu fujo primeiro.
Eu vivi na Madeira durante dois anos e quando conto isto a alguém, perguntam-me logo se gostei de lá estar e dizem-me “dizem que a Madeira é tão bonita, as flores, a verdura, os frutos tropicais…” e as BARATAS. Quando me perguntam se gostei de lá estar lembro-me sempre das baratas. Sim, a Madeira é um sítio muito bonito mas tem um grande problema: as baratas. O clima da Madeira é ameno e estável ao longo de todo o ano e a temperatura média é de 22ºC no Verão e 16ºC no Inverno. A combinação destes factores faz com que atraia bastantes turistas e também turistas mais pequenos e nojentos como as baratas. Na Madeira existem imensas baratas por causa do clima, baratas enormes e gordas, que fazem um barulhinho pegajoso e quase silencioso quando caminham pela casa e que atormentam os moradores. É impossível não tê-las em casa ou no terraço, elas durante a noite passeiam pelas ruas, invadem as paredes brancas no exterior das casas. Por mais higiene e cuidado que se tenha elas aparecem.
Caro leitor, se andava a pensar em ir de férias para a Madeira vá à Madeira, não quero que o Sr. Alberto João Jardim um dia descubra o meu blog e diga que ando a tentar prejudicar o turismo na Madeira. Eu espero não voltar lá mais vez nenhuma…apesar de ter gostado da ilha, é um sítio muito bonito para visitar mas não para viver. Vim de lá com um grande trauma e a saber que existem bichos nojentos que são difíceis de matar porque são rápidas e não só, mesmo tendo-se a nossa magnifica arma mortífera na mão (o chinelo) para as matar não conseguimos porque começamos a imaginar aquele barulho nojento quando pressionamos o chinelo na carapaça dura da barata e faz aquele barulho nojento de esmagamento contra o chão, aquele barulho estaladiço. O mais ridículo é que elas não morrem com nada, só com uma bela de uma chinelada, se fosse barata tinha vergonha de uma morte tão estúpida. Uma pessoa grita: “está ali uma barata, mata, mata!” e a outra pessoa vai e pena no seu magnífico chinelo de praia e pergunta com um ar confiante e poderoso “onde é que ela está?”. Isto é ridículo, um simples chinelo mata-as mas a bomba atómica não. Dizem que são dos animais mais resistentes e mais antigos do planeta terra.
Bem, acho que vou parar por aqui, já me sinto mal disposta o suficiente por estar a escrever isto. Desta vez resolvi não pôr uma foto relacionada com o tema, pensei em algo mais bonito e agradável e se ver, era chato deixar de vir ao meu próprio blog. Deixo-vos com algumas fotos do google que encontrei de percursos que fiz na madeira que se chamam levadas, algumas são muito perigosas mas é bonito de se ver.

Até à próxima ;)

terça-feira, setembro 25, 2007

Musicália


Neste fim de semana fui até à FIL ver a Musicália, uma exposição com os mais variados instrumentos musicais e tudo que tenha a ver com música. A minha amiga Solange ofereceu-me um bilhete mas mesmo para quem não foi á borla como eu, o bilhete era barato, só 4 euros. Bem, finalmente consegui tocar numa bateria, aquilo é muito giro, é óptimo para libertar o stress...não toquei nada de jeito, tinha que ter umas aulinhas.
Tive a oportunidade de ser DJ por 10 min, estive numa mesa de mistura, o que foi simplesmente genial, sempre o quis fazer, aquilo era muito fixe, até ia tirar um curso daquilo se já não estivesse a fazer milhentas coisas ao mesmo tempo. A minha amiga Solange lá teve paciência para estar não sei quanto tempo a ver-me a fazer "figuras de DJ", de certeza que já não me convida para a próxima…gostei imenso de lá estar, foi uma noite diferente, que deu para conhecer as novas tecnologias no mundo musical, ver o piano do Elton John que estava lá em exposição, nesse não pude tocar, era um piano vermelho muito giro, fora do comum o que não me surpreendeu vindo do Elton John.
Agora só daqui a 2 anos é que volta a Musicália cheia de novidades e espero lá ir daqui a 2 anos ver o que há de novo.


Até à próxima ;)

segunda-feira, setembro 03, 2007

Algarve


Para além de ter estado em Sevilha estive no Algarve mais propriamente em Altura perto de Monte Gordo. Muito sol, muita areia e muito mar. Aproveitei para ir até Faro, Ayamonte, Tavira e Castro Marim. Em Castro Marim realizava-se mais uma feira medieval. Lá fui eu mais uma vez para a época medieval. Nesta até davam coroas para pôr-mos na cabeça e um copo de cerâmica todo medieval, muito engraçado. Os espectáculos eram muito giros e o castelo também. Havia também museus onde podíamos visitar na feira e havia um de torturas medievais, simplesmente…arrepiante. Naquela altura faziam as mais macabras torturas, até vos deixava uma das minhas fotos mas para não ferir sensibilidades resolvi não pôr.
Na praia, aproveitei para apanhar a bela da conquilha, observar os animais marinhos e aproveitei para tirar fotografias, como este caranguejo na fotografia, foi o mais complicado de tirar a fotografia porque não parava um minuto quieto.
Bem, agora só me resta recordar os bons momentos passados nas férias e preparar-me para mais um ano lectivo.

Até à próxima ;)

Sevilha


É verdade, as férias estão quase a acabar. Para mim estas férias foram muito boas para descansar, conhecer novas cidades, divertir-me à grande, muito sol e muito mar. Nestas férias finalmente acabei o meu 1º quadro pintado a óleo, os meus familiares dizem que está muito giro mas para mim é uma opinião muito duvidosa. O que interessa é que gosto de pintar, pena não ter mais tempo para o fazer.
Para além de não fazer nada nestas férias também viajei até Sevilha. Já tinha ido lá já há alguns anos, apesar do calor abrasador que estava foram dias muito bem passados. É uma cidade muito bonita e interessante.

Se não foram à Isla Mágica em Sevilha aconselho, é simplesmente fantástica. Dá para toda a família e o melhor de tudo é que toda a família se diverte junta. Passei o dia todo molhada devido aos divertimentos que eram a maioria com água mas com o calor que se sentia até soube bem. Fartei-me de gritar e de rir. Não cheguei a andar na montanha russa, apesar de já ter andado em montanhas bem maiores que aquela. É preciso planear bem o dia para se conseguir ver tudo, assistir aos espectáculos, que são muito engraçados, e ir aos divertimentos porque aquilo ainda é bastante grande e um sitio bastante bonito, parece que estamos mesmo numa ilha. Aconselho um divertimento que é a descida de uma cascata, claro que somos nós que descemos a grandes velocidades a cascata, simplesmente brutal. Deixo-vos com algumas fotos de Sevilha e da Isla Mágica.

terça-feira, julho 24, 2007

Coro de câmara na feira medieval de Óbidos


O coro de câmara do conservatório Silva Marques foi à feira medieval de Óbidos. Posso dizer que a nossa professora de coro tem ideias muito giras e também muita criatividade. Foi um dia muito bem passado junto das minhas meninas de coro. Digo só meninas porque na verdade não temos muitos rapazes no coro, normalmente vêm dois moços de fora para fazer reforços, que são óptimos cantores. E também costumam vir os nossos músicos convidados, que são excelentes músicos e têm a paciência de passar algum tempo connosco.
Fartámo-nos de cantar, vestimos os fatos medievais, tirámos imensas fotos e divertimo-nos imenso a brincar às princesas e aos príncipes. As pessoas estavam muito bem caracterizadas, e parecia mesmo que estávamos na época medieval.
Em relação à organização foi bastante simpática em nos dar transporte e o almoço. Tive pena de não ter ficado mais tempo e de não ter visto mais coisas.
Acho que as pessoas até gostaram do coro, fartavam-se de nos tirar fotografias, principalmente os turistas estrangeiros, por isso já vamos ser reconhecidos internacionalmente. Apesar que nesse dia a minha voz estar péssima, estava rouca porque já andava constipada e com o vento que apanhei em Óbidos ainda fiquei pior. Depois desse dia andei alguns dias a falar “baixinho”.
Se tiverem tempo passem pela feira medieval de Óbidos.

Até à próxima ;)

sexta-feira, julho 06, 2007

Concerto Zeca Afonso

O Coro de Câmara do Conservatório Regional Silva Marques vai realizar outro concerto mas desta vez deixámos a época medieval e fomos até à de Zeca Afonso. Dia 13 de Julho o coro vai realizar um concerto às 21h30 na Sociedade Euterpe Alhandrense. Desta vez temos mesas e serão servidas bebidas para quem quiser, para quem quiser ouvir músicas de Zeca Afonso sentado numa mesa acompanhada por uma bebida terá de a reservar através do número 219500592. Para quem não quiser mesa é só aparecer e assistir ao concerto.
Será um concerto descontraído em que o público poderá beber alguma coisa ouvindo músicas de Zeca Afonso, por isso apareçam, passem uma noite agradável na nossa companhia.

Até à próxima ;)



sexta-feira, junho 22, 2007

Audição Final

Neste sábado, dia 23 de Junho irá realizar-se mais uma audição final do conservatório Regional Silva Marques por volta das 21h00. E para não variar eu vou tocar. Vou tocar o Momento Musical no. 3 de Rachmaninoff. Estas audições finais põem-me num estado de nervos terríveis, ando nervosa dias antes, tomo comprimidos para não tremer das mãos (milagrosos comprimidos!) e nesse dia já sei que vou andar a pensar na audição e praticamente não consigo fazer nada. Devem estar a pensar, mas que exagero, é só uma audição. E têm razão, tantos anos de música e ainda fico nervosa mas só quem sobe em cima de um palco percebe, há quem fique mais nervoso do que outros. Para ser sincera prefiro tocar em sítios mais pequenos do que espaços grandes como é o caso. Aquele palco dá-nos um ar mais “elevado” e eu não gosto disso. Lá de cima mal conseguimos ver as pessoas, só vimos cabeças no meio da escuridão, tudo isto porque estamos a levar com um foco de luz em cima.
Claro que fico contente por a minha professora ter-me chamado para a audição mas acho sempre que eles acabam por se arrepender, mas como são masoquistas chamam-me sempre.
Ainda ontem tive audição de classe e a minha prova de 6º grau. Pode-se dizer que já estou no 7º grau e isto quer dizer que tenho muito mais responsabilidade em cima dos meus ombros.
Depois de tantos testes na faculdade e muitas horas a tocar piano pode-se dizer que mereço férias, mas ainda tenho alguns exames na faculdade e o meu exame de 8º grau de formação musical, por isso só ficarei de férias dia 19 de Julho.
Então, apareçam na audição se me quiserem ver a fazer figuras tristes e para ouvirem os meus colegas a tocar lindamente. Deixo-vos com o video da música que vou tocar. A música é lindissima, só espero conseguir estar à altura.

Até à próxima ;)

segunda-feira, maio 28, 2007

Um aninho!


O nosso blog faz um ano, um ano de partilha com aqueles que lêem o nosso blog, que devem ser meia dúzia (na melhor das hipóteses), mas mesmo assim vamos continuar a escrever. Apesar de não escrevermos muito no blog, o que para muitos é motivo de felicidade, escrevemos sempre que podemos. Por vezes a nossa vida de estudante “dulpa”, conservatório e faculdade, não nos deixa muito tempo para escrever parvoíces no nosso blog e como até temos alguma vida pessoal, por incrível que pareça, deixamos um pouco de lado a criatividade para escrever no blog.
Bem, espero que continuem a comentar os nossos posts e podem deixar dicas para melhorarmos o nosso blog.

Até à próxima ;)

terça-feira, maio 01, 2007

Pesadelo Cor-de-Rosa


Fecho os olhos. Respiro fundo. Abro os olhos. Ele ainda continua lá. Fecho de novo os olhos na esperança que as minhas pálpebras o apaguem como se fossem uma borracha. Torno a abri-los e nada aconteceu, ele ainda continua lá. O pior pesadelo é aquele que mesmo com os olhos abertos não desaparece. Então resolvi pintá-lo para o tornar menos mau. E pintei-o de cor-de-rosa. Assim quando fecho os olhos e volto a abri-los tudo é cor-de-rosa.

Inês Gomes

sexta-feira, março 30, 2007

O Mar



O Mar... era nele em quem pensava quando o dia estava cinzento e via, de longe, gaivotas. Aparecia também consigo uma bela melodia de piano - Chopin. Ou então pensava nele na hora crepuscular, quando queria ver o sol reflectido em si, como que um espelho saudosista na hora de despedida... e era nestes pensamentos que muitas vezes surgia o diálogo...

O Mar

Tenho fome
e tenho frio.
Queres que te conte o que o mar sentiu?
Riu-se de mim
mas com inveja,
porque a grandeza que dele provém não mata a solidão
e tímido sussurrou:
- sabes, já estou farto de dançar
- quero ser pequeno mas ao menos poder sonhar.
Prolonguei-me estendido nas vastas e solenes danças da maré,
e o mar não sofre…
mas também não ama.

Filipe Costa Campos

domingo, fevereiro 18, 2007

Concerto do Coro de Câmara


Dia 24 de Fevereiro às 21h30 irá realizar-se um concerto do Coro de Câmara do Conservatório Regional Silva Marques, onde eu faço parte, na Sociedade Euterpe Alhandrense e dia 25 de Fevereiro às 17h em Paço d' Arcos na Capela de Nosso Senhor dos Navegantes. Vão ser concertos cheios de surpresas, com músicos convidados e um repertório da época medieval, que na minha opinião são músicas muito melódicas e agradáveis. Estejam descansados que não se paga nada, é só entrarem e assistirem e espero que gostem. Acrescento que este cartaz acima foi feito pela minha colega Joana Silva e está excelente. Parabéns!
Apareçam!

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Riders on the Storm



Já sei o que é que vão dizer, o que muitos já me disseram... que os Doors não são Doors sem o Jim Morrison, a figura carismática do grupo. A questão é que dois elementos da banda, o Ray Manzarek (teclista) e o Robbie Krieger (guitarrista) decidiram reavivar a boa música que produziam enquanto grupo... e eu pergunto, e porque não? Acreditem que é muito gratificante para uma pessoa que gosta de Doors ir a um concerto deste projecto... falo por mim, não consegui parar de me baloiçar. Convidaram para a voz alguém que, timbricamente, é parecido ao Jim Morrison, o Ian Astbury, ex-vocalista dos The Cult.
E assim foi, dia 13 de Janeiro, às 21:45, os Riders in The Storm iniciaram o concerto com um excelente blues para o pessoal entrar no clima do espectáculo ("Roadhouse blues"). De seguida veio a bomba... o pessoal delirou quando se começou a ouvir os primeiros toques da "Break on Through". O Ray Manzarek de vez em quando demonstrava o seu à vontade no teclado colocando um pé em cima dele e tudo, eheh.
Numa passagem inicial de uma música para a outra, o Ray está parado a observar o público... foi aí que eu dei um daqueles gritos histéricos que foi acompanhado por outros tantos e ele sorriu e cumprimentou-nos... no meu imaginário aquele sorriso foi para mim :D.
E o espectáculo assim continuou nesse clima, alguns charros pelo meio, algumas danças por parte do público, seguindo com a "Love me two times", "When the music is over" e depois, o público foi convidado a tomar um whiskey num bar na "Alabama song". Posteriormente tocou-se a "Blackdoorman" e a "Five to one", onde o Ray aproveitou para falar um pouco da vergonha que sente pelo que o Bush anda a fazer (concordo plenamente).
A "Spanish Caravan" teve uma entrada muito bem tocada pelo guitarrista Robbie Krieger. Mostrou bem ter algum conhecimento de música espanhola e do modo musical que eles costumam utilizar.
O espectáculo continuou com a "Not to touch the earth", "Touch me", "L.A. woman" e no encore, claro, a música mais conhecida dos Doors "Light my fire" e "Soul Kitchen".
No meio do espectáculo apresentaram os músicos... Ty Dennis na bateria, Phil Chen no baixo (o senhor tem um ar oriental). O Ray apresentou o Robbie como um dos melhores guitarristas com quem tocou e o Ray foi apresentado como "O homem que descobriu o Jim Morrison".
Sim, o concerto foi, sem dúvida, uma homenagem ao Jim Morrison... achei curioso o facto do vocalista não ter feito o papel principal... deu esse papel ao Ray Manzarek que brilhou nessa noite. Ai... já tinha saudades de ouvir aquele orgão com um som característico dos anos 70... mas soube-me a pouco... achei o concerto curto... eram para ter tocado também a "Riders on The Storm" e não tocaram.
Só tenho a apontar um aspecto negativo. As miúdas malucas terem ficado à frente de toda a gente só por estarem dentro da área de comunicação ou terem conhecimentos nesse aspecto. Ninguém é mais que ninguém e não concordei com isso.. mas de resto...

Queria dedicar este post ao rapaz com quem costumo falar no canal #nirvana que brilhou nessa noite com a sua boa onda, à Inês, que conheci no final do concerto e ao Joel que teve paciência para me aturar... e já agora... os roadies deviam ter atirado também os cabos como pedi! :D*


sábado, janeiro 06, 2007

Mais um ano


Mais um ano que passou. Quando entramos no novo ano pedimos desejos, vestimos roupa interior de determinada cor para dar sorte, comemos as doze passas, existem pessoas que sobem para cima de uma cadeira com dinheiro da mão. Bem, a mim não me vale de nada fazer todas estas coisas se não me esforçar para que aconteçam porque já verifiquei se ficar à espera de braços cruzados não me serve de nada, é preciso lutar por aquilo que queremos e esperar ter um pouco de sorte.
O ano de 2006 foi um ano cheio de surpresas agradáveis e desagradáveis. Apesar de o início de 2006 não ter começado da melhor maneira, o 2º semestre revelou-se da melhor maneira possível. Foi um ano de descobertas que foram muito importantes para mim, concluo que foi um óptimo ano em todos os sentidos.
Por isso espero que tenham um excelente ano 2007. Aproveitem bem os momentos de alegria por mais pequenos que sejam e guardem-nos, aprendam com os maus momentos e esqueçam-nos.
Até à próxima ;)

terça-feira, janeiro 02, 2007

Loucos mas felizes...


Antes de mais queria desejar um bom ano a todos.
Relembro, neste momento, com carinho todas as loucuras que fiz até aqui… como pessoa desequilibrada que sou arrependo-me de algumas coisas que fiz… mas na altura fui feliz…
As noites no parque de campismo, a caminhada até ao Rio Tejo, a exploração do monte de Vialonga, as histórias de terror, o mar, os concertos na primeira fila, a praia à noite, a primeira directa na gravação da maquete, a primeira arruada com a banda filarmónica, a actuação com a banda de garagem, os “namoros”, as passagens de ano com os amigos, os moches… tenho tantas saudades disso… caí numa rotina e monotonia envolvida em nervos, ataques de fúria e pânico de ter que viver mais um dia assim…

Como um dia o meu amigo Lúcio me disse:

“ As loucuras são as mais sensatas emoções. Tudo o que fazemos deixamos de lembrança para que os outros possam um dia ser como nós: Loucos mas felizes!”.

Fui louca… mas feliz…