quarta-feira, março 26, 2008

Les Ballets Trockadero de Monte Carlo

Quando era pequena, como acontece a todas as crianças, perguntaram-me o que queria ser quando fosse grande, eu respondia que queria ser bailarina e “fazer casas”. Em relação à segunda profissão que me referia não era à construção civil, não. Mas andei a ser gozada durante anos pelo meu irmão por causa disso. Na realidade eu queria ser arquitecta. Com pena minha nunca tentei seguir nenhuma destas áreas.
Em relação ao bailado, sempre adorei ver. Vejo quando posso no canal mezzo, apesar de a maioria das pessoas acharem que é o canal mais foleiro da Tvcabo, eu admito, eu gosto do canal mezzo, dá bailado durante o dia e jazz à noite, perfeito! Sempre quis ir ver um bailado ao vivo, soube que Les Ballets Trockadero de Monte Carlo estavam em Portugal e resolvi ir ver. Ontem foi o primeiro dia mas eles estarão até domingo no Tivoli. Mas este é um bailado diferente de todos os outros é um bailado cómico, alguns homens vestem-se de mulheres e dançam alguns dos temas mais conhecidos. Para quem gosta de bailado, aproveitem, passei o tempo todo a rir e para mais eles são realmente muito bons. Os bilhetes não são caros e vale a pena. Faço um apelo aos homens de Portugal não tenham vergonha de ir ver só porque vão ver senhores de collans e vestidos de bailarinas, digo isto porque não conheço um único homem que goste de bailado.
Se forem ver deixem aqui um cometário para saber o que acharam. Divirtam-se!



Até à próxima!

sexta-feira, março 21, 2008

Situações caricatas


Já devem ter ouvido e visto na televisão vezes sem conta senhores com uma certa idade que entram em contra mão na auto-estrada. Eu perguntava-me será que não vêem bem, precisam de mudar as lentes dos óculos ou têm alzheimer. No fundo preocupa-me que um dia quando for mais velha saia à rua e todos estejam a andar em contra mão.
Há um mês atrás percebi porque é que isto acontece, afinal todas as minhas teorias foram por água abaixo. Existem dias que mais vale nem sairmos de casa, e este foi um deles. Percebi realmente porque é que as pessoas de uma certa idade começam a andar em contra mão e tudo porque uma colega minha me ofereceu gentilmente boleia. Mas quem ia a conduzir era o seu avô, com um ar gentil e animado. Na realidade senti um arrepio na nuca quando aceitei o convite, eu até gosto de andar a pé e não era assim tão longe.
A viagem começou bem até ao momento em que apareceu uma placa de sentido proibido e o senhor continuou todo confiante nessa direcção. Lá apareceram uns senhores a gritar para o carro a dizer que não se podia ir para ali, o avô pediu desculpa e virou para outro sítio. Naquele momento senti que seria a viagem mais longa de toda a minha vida. No sitio onde nós estávamos havia muitas obras e maioria das entradas estavam fechadas mas este avô não se importou com isso e houve um momento em que tentou entrar noutra estrada em que tinha uma placa de sentido proibido e eu disse-lhe “não pode ir para aí, é proibido” e ele vira-se e diz (nunca mais esquecerei estas palavras) “Mas eu não vou dar a volta, vamos por aqui”. Naquele momento vi o filme da minha vida a passar-me à frente e pensei nas coisas que gostaria de fazer e não tinha feito. Ele continuou convencido que aquele era o melhor caminho, todos os senhores dos carros de sentido contrário a olharem para ele e ele na maior das descontracções. Houve um momento em que um carro estava parado em sentido oposto e ele vira-se e diz “Olha-me este, nem encosta”. Eu acho muito bem ele ter dito aquilo, porque toda a gente que conduz deve pensar nos malucos que andam em contra mão, devemos pensar “Bem, esta estrada só tem um sentido mas nunca se sabe se do outro lado vem algum carro, é melhor encostar”.
Este senhor simpático queria que eu ficasse mesmo à porta do sítio para onde ia mas isto significava em entrar em mais sítios em que era proibido, até que houve um momento em que gritei e disse “Muito obrigada, mas fico por aqui, está óptimo, óptimo!” ele só parou realmente quando abri a porta com o carro em andamento e ali ele percebeu que realmente estava óptimo para mim.
Foi aqui que percebi que afinal as pessoas com uma certa idade não conduzem desta maneira por terem problemas de visão ou mesmo por terem doenças incapacitantes mas sim pela falta de paciência. Eles não medem as consequências e na realidade comportam-se como jovens adolescentes. Um conselho, nunca aceitem boleia de pessoas com uma certa idade, não preciso de dizer mais nada!

Até à próxima!

terça-feira, março 18, 2008

Esta ode é para ti, minha querida Lícia

Quero dedicar este post a ti, estejas onde estiveres... provavelmente num mundo bem melhor do que este.

Quero dizer que sempre te adorei, que mesmo com as nossas turras de "irmãs", mesmo com o teu selectismo acerca das pessoas (... sim... porque tu sempre gostaste de quem gostava realmente de ti), mesmo com o feitio especial que tinhas... foste para mim uma grande amiga e ficarás sempre no meu coração.

Tenho pena de não teres visto uma última vez a luz do sol, de não me ter despedido de ti com um abraço... vou sentir saudades da tua companhia verdadeira, de sentir o teu pêlo nas minhas mãos... aliás, já sinto...

Minha querida Lícia, rest in peace...

"Cão como nós"
Como nós eras altivo
fiel mas como nós
desobediente.
Gostavas de estar connosco a sós
mas não cativo
e sempre presente-ausente
como nós.
Cão que não querias
ser cão
e não lambias
a mão
e não respondias
à voz.
Cão
Como nós.

Manuel Alegre

E foste, sem dúvida, uma de nós...

sábado, março 15, 2008

Admiração

Ontem fui ver um grande concerto, o concerto da Stacey Kent. Uma das minhas cantoras favoritas. O meu interesse por jazz começou por causa dela, tem uma voz super limpa e serena, não precisa de muitos “vibratos” ou gritar como a whitney Houston para ser uma excelente cantora e para mais é uma mulher simples e simpática, deu para ver isso na sessão de autógrafos. Bem, eu detesto pedir autógrafos, não vejo grande utilidade em pedir um porque a pessoa que nós admiramos escreve num pequeno papel “ For Anna with love Stacey Kent” mas nunca mais se lembra de nós. Normalmente se se lembrarem de mim foi por ter dito alguma coisa realmente estúpida por causa dos nervos. Tenho esse dom de dizer coisas estúpidas quando estou nervosa e principalmente piadas que não têm piada nenhuma. Não se assustem porque neste caso nem disse nada de parvo à Stacey Kent mas tudo por causa do meu inglês, não consegui articular nada…não estamos habituados a falar inglês quando chegam estas situações nem uma piada estúpida conseguimos dizer, felizmente. Para mais nem lhe consegui dizer que Ana não era com dois n’s, ela bem me perguntou mas eu não consegui articular uma palavra sequer. Eu fui lá mais para tirar uma fotografia com ela, para não variar ela não percebeu que era para tirar comigo e ignorou-me e só estava a tirar com a minha amiga. Lá depois deu conta e levantou-se toda sorridente. Só a mim me acontece coisas destas, mas pelo menos divirto-me à grande com as coisas “irreais” que me acontecem. Para quem já leu isto tudo e não sabe de quem estou a falar oiçam Stacey kent, a sério, para a saúde dos vossos ouvidos. Foi dos concertos mais perfeitos que já vi. Os músicos eram excelentes.
Como já disse anteriormente tenho o dom de dizer coisas estúpidas quando fico nervosa, normalmente quando estou perto de pessoas que admiro (excluindo membros da minha familia). Como ultimamente tenho estado muitas vezes nessa situação, deixo um conselho ao caro leitor que está desse lado, se tem o mesmo problema do que eu, faça como eu mantenha-se calado, diga uma piada que tem a certeza que vai ser engraçada e ponha toda a gente a rir e depois cala-se, não se entusiasme se não eles terão a confirmação que é realmente parvo, como eles imaginavam.

Até à próxima!