Antes de mais quero desejar-vos um excelente ano de 2008. É com muito prazer que digo que o ano passado, para mim, foi um ano rico em concertos a que fui assistir (comparando com os outros anos).
Queria falar-vos um pouco do concerto que, até me atrevo a dizer, foi o melhor da minha vida… ocorreu no dia 11 de Julho no Culto Club, o concerto dos MUDHONEY. Eu não conhecia bem esta banda, embora tenha surgido no pequeno movimento de rock que se revelou no princípio dos anos 90 que adoro - movimento esse que, a meu ver, veio trazer alguma qualidade musical à época.
O meu jovem amigo, o Pedro do Porto, convidou-me a ir ver esse concerto e lá me convenceu… fui naquela a pensar que teria poucas oportunidades como aquela em ouvir boas bandas de rock que tragam ainda um pouco a influência dos anos 70 e lá fui. Como a minha amiga Ana também ia, fomos os três no meu boguinhas que já não funciona lá muito bem. Jantámos por lá (pregos) e depois fomos para o bar… um bar com um palco pequeno, nenhuma divisória para separar o público da banda, com umas escadinhas e com mesas lá em cima para as pessoas que não se queriam juntar à confusão.
Naquele ambiente super intimista, antes de começar o concerto dos Mudhoney, o nosso amigo Pedro foi lá para o meio, para o moche e eu e a Ana ficámos na terceira fila, no lado esquerdo do palco.
O concerto começou com a banda DÖ3 a fazer a primeira parte… penso que seja uma banda de Coimbra. Deram um bom concerto, sempre a elogiar os nossos amigos Mudhoney.
Quando o concerto começou, reparei que ficámos precisamente à frente do Steve Turner, o guitarrista. Os elementos da banda permanecem os mesmos de há anos menos o baixista. Mark Arm (vocalista), Dan Peters (baterista), Guy Maddison (baixista) e Steve Turner (guitarrista) – os representantes da banda.
O concerto foi bem mexido! Não parei de saltar! Não houve muita luta para os meus lados, só alguns encontrões… no crowd surfing havia sempre um rapaz à minha frente ou ao meu lado que mandava a pessoa para outro sítio. A banda em palco super animada… o Mark com o seu sorriso formidável, o Steve muito no seu mundo, o baterista e o baixista também a vibrarem com o feedback do público. O público que subia para o palco levava com um pontapé ou empurrão simpático do Mark. Quando tocaram a “Hate the Police” foi o pânico… aí gritei com a agitação que se originou. :P Foi durante o concerto que conheci a Sara, uma jovem simpática e pequenina do norte. Coloquei-a à minha frente e cantou a “Fix me” com o Mark :D.
Quando o concerto terminou, estávamos todos em água… eu era um rio em pessoa! Reparámos que depois lá em cima estava o Guy… pedimos um autógrafo, depois apareceu o Steve e o Mark. Tirámos uma foto com eles! Foi assim que conhecemos o Luís, um jovem que trabalha em Loures e também tem uma banda.
Fomos para a rua e lá estava o Dan, a beber uma cerveja sozinho, a observar o nosso rio Tejo… fui pedir um autógrafo, elogiei o concerto e o Pedro perguntou porque é que não tocaram a Here comes Sickness. Respondeu que o Steve não gostava da música.
O resto da banda foi beber também para fora do bar. O Steve ficou a conversar com a Sara e depois o Mark. Depois eles foram-se embora e nós ainda estávamos perplexos com as suas atitudes anti-vedetas… foram tão acessíveis connosco! Adorei!!!!!
A Sara e os amigos ficaram por lá… o Luís veio connosco até Lisboa, onde tinha deixado o carro… fizemos novas amizades e encontrámo-nos novamente todos em Paredes de Coura… concerto inesquecível este… ficará sempre no meu coração.