sexta-feira, março 30, 2007

O Mar



O Mar... era nele em quem pensava quando o dia estava cinzento e via, de longe, gaivotas. Aparecia também consigo uma bela melodia de piano - Chopin. Ou então pensava nele na hora crepuscular, quando queria ver o sol reflectido em si, como que um espelho saudosista na hora de despedida... e era nestes pensamentos que muitas vezes surgia o diálogo...

O Mar

Tenho fome
e tenho frio.
Queres que te conte o que o mar sentiu?
Riu-se de mim
mas com inveja,
porque a grandeza que dele provém não mata a solidão
e tímido sussurrou:
- sabes, já estou farto de dançar
- quero ser pequeno mas ao menos poder sonhar.
Prolonguei-me estendido nas vastas e solenes danças da maré,
e o mar não sofre…
mas também não ama.

Filipe Costa Campos